Diretor-geral do Idene, Carlos Alexandre, participou em Montes Claros do Fórum Minas Gerais pela Ciência, promovido pela ALMG.
O diretor-geral do Idene, Carlos Alexandre Gonçalves, participou nesta segunda (26/08), do Fórum Técnico Minas Gerais pela Ciência – Por um desenvolvimento inclusivo e sustentável, promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Montes Claros. O evento faz parte de uma série de encontros a serem promovidos pela ALMG em diferentes cidades de Minas, com o objetivo de colher subsídios para a elaboração de um Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento de Minas, cuja primeira reunião aconteceu em Diamantina, em 22 de agosto. Os representantes das instituições presentes buscam na ciência e na inovação tecnológica ferramentas e iniciativas que contribuam para a redução das desigualdades nas diferentes regiões do estado e que garantam a recuperação, a conservação e a proteção ambiental e sustentabilidade no território mineiro.
Carlos Alexandre afirmou, na oportunidade, que a instituição busca conhecer o potencial das pesquisas realizadas pelas universidades e demais instituições do setor de forma a agregar os resultados destas pesquisas ao desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida da população das regiões Norte e Nordeste de Minas, onde o Instituto atende. Citou como exemplo o uso da energia fotovoltaica para energizar poços artesianos que vão oferecer água de boa qualidade para famílias que sofrem com longos períodos de estiagem. “A ciência tem o potencial de transformar a vida das pessoas e o Idene está atento a isso”. O dirigente considerou o evento importante porque reúne representantes de diversas instituições e essa representatividade é importante para a construção de soluções conjuntas que melhorem as atividades econômicas e, também, a vida das pessoas
Riquezas do Cerrado - A secretária regional em Minas da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Cristiane Ferreira Alves de Brito, falou da importância das instituições trabalharem juntas e de forma colaborativa, avaliando propostas que atendam à diversidade das regiões. Nessa perspectiva, citou as riquezas da região Norte como a cachaça de Salinas, a produção de energia fotovoltaica e de frutas no Vale do São Francisco, para os quais o incremento de novas tecnologias pode impulsionar a produção e impulsionar o desenvolvimento local.
Esta premissa foi defendida também por Sérgio Henrique Sousa Santos, do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), para quem é preciso investir nas potencialidades da região Norte, com pesquisas voltadas para o aproveitamento dos produtos e subprodutos das plantas do Cerrado. Como exemplo, citou a raiz de unha-d’anta, com propriedades comprovadas que podem ajudar no tratamento da obesidade e também o buriti, conhecido como ouro do cerrado, a partir do qual foi desenvolvido e já colocado no mercado um suplemento com grande capacidade nutricional.
A coordenadora de Inovação Tecnológica da Unimontes, Sara Gonçalves Antunes de Souza, apresentou um breve panorama da ciência e da inovação no Brasil, ressaltando o crescimento da participação das universidades no registro de patentes, em função de exigências da Lei Federal 13.243, de 2016, que dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação.
Ela também ressaltou a importância das instituições trabalharem em conjunto explorando as diversas possibilidades da região com o desenvolvimento de novos produtos e serviços, a exemplo do turismo.
O Fórum terá mais cinco edições nas cidades de Viçosa, Lavras, Ipatinga, Belo Horizonte e Uberlândia. A etapa final será realizada de 25 a 27 de novembro na Assembleia Legislativa de Minas Gerais