Kits feiras doados pelo Idene auxiliam pequenos agricultores na venda dos seus produtos

Com barracas e balanças novas os produtos são melhor apresentados e atraem a atenção dos consumidores

O Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) apoia os produtores da agricultura familiar também no momento da venda dos seus produtos. O Instituto repassa para prefeituras kits feira que incluem barracas, balanças e jalecos para uso dos feirantes. Com isso eles podem comercializar com tranquilidade e segurança as mercadorias que vendem nas feirinhas semanais que são tradicionais em inúmeras cidades de Minas. Neste ano, o Instituto já repassou para oito prefeituras um total de 20 barracas, 30 jalecos e 95 balanças.
“A venda é um momento importante no trabalho dos agricultores familiares, quando levam para o consumidor tudo aquilo que produzem com qualidade nas propriedades rurais. E é importante que os produtos estejam bem acondicionados, com o peso certo e com uma boa apresentação, pois tudo isso chama a atenção dos consumidores e influi na sua decisão de compra”, argumenta o diretor geral do Idene, Henrique Oliveira Carvalho.
Agilidade
Feirantes de São Pedro do Suaçuí, município do Vale do Rio Doce, estão utilizando desde fevereiro deste ano, em forma de rodízio administrado pela prefeitura, as 10 balanças doadas ao município pelo Idene.

O secretário de Agricultura do município, Ivanir Gomes, argumenta que as balanças facilitam as vendas porque os produtos são pesados no momento da compra e na própria barraca. “Até então os feirantes, ou os próprios consumidores, escolhiam os produtos e recorriam à barraca de um feirante amigo, vendedor de peixe na própria feira, onde podiam pesar as compras”. Ele relata que com as novas balanças as vendas foram agilizadas e os legumes, frutas, carnes e doces podem ser pesados na própria barraca onde são adquiridos.
Transparência
O feirante Erick Alves de Souza fala da transparência nas vendas. “Anteriormente, alguns consumidores às vezes ficavam desconfiados pois os produtos não eram pesados na barraca e já vinham com os preços. Agora eles podem conferir o peso no momento da compra”. A situação anterior causava algum constrangimento, diz, mesmo entre aqueles consumidores mais extrovertidos, que questionavam a veracidade dos preços aplicados nas mercadorias.

“Trabalho na feirinha há mais de 10 anos. É minha principal fonte de renda. Ter as balanças para trabalhar é ótimo, porque às vezes o cliente quer saber o peso
real daquele produto que está levando”, relata Ana Maria Teles. Na horta da sua casa ela cultiva todos os produtos que vende, incluindo legumes, verduras e frutas, além de ovos, frango e linguiça
Com bom humor, ela relata que um comprador chegou a questionar se o pacote de linguiça que estava à venda na sua barraca pesava mesmo um quilo, e se propôs pagar 200 reais pelo produto, caso o peso se confirmasse. Mercadoria pesada em outra barraca, o pacote ultrapassou um quilo, mas não foi suficiente para que ele cumprisse o prometido, disse sorrindo Ana Maria.